Jornal mineiro 'convida' funcionários para ato da campanha de Aécio

Estado de Minas pediu para funcionários vestirem azul em caminhada

Por Pedro Muxfeldt

Nos últimos anos, Aécio Neves ganhou fama de censor da imprensa mineira, que era obrigada a não divulgar informações que depusessem contra o governo e a imagem do neto de Tancredo. Isto serve, porém, para aqueles jornalistas que buscavam remar contra a maré tucana em Minas e apontavam as falhas e desmandos das gestões do PSDB no estado.

Para a imprensa hegemônica, que tem no Estado de Minas seu principal nome, a regra era outra. Na base de muita propaganda estatal, estes órgãos, que nada diferem de Folha e O Globo a ser por seus alcances, nunca precisaram de censura, pois seus donos cerram fileiras ao lado de Aécio. E o mesmo esperam de seus funcionários.

Foi imbuído deste espírito nada republicano que os Diários Associados, que controla o Estado de Minas e outros meios de comunicação como a Rádio Tupi carioca e o Correio Braziliense, enviaram mensagem aos seus contratados convidando-os para vestir azul e participar de caminhada aecista no sábado.

Pedido de chefe é ordem. Logo, o que o EM faz é obrigar jornalistas e demais profissionais da redação a atuar na campanha do PSDB. É crime, mas nada que surpreenda vindo de quem vem. Globo, Estadão, Veja e afins só mantiveram o decoro nesse quesito. A campanha pró-Aécio está em cada manchete, em cada decisão editorial, em cada artigo.

A luta deste segundo turno não é apenas contra Aécio Neves e Armínio Fraga. É contra os preconceituosos que atacam o Nordeste, os especuladores e o terror financeiro e, principalmente, a grande imprensa vendida, que vai fazer de tudo, até coagir funcionários, para bater Dilma no 26 de outubro.

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