Pelo direito à cidade, Haddad e Boulos mostram a cara dos inimigos do povo em São Paulo

MTST luta por uma São Paulo mais igual (Foto: Facebook/MTST)


Por Pedro Muxfeldt

Desde 2013, São Paulo ganhou dois protagonistas políticos diferentes do que ela se acostumou a ter nos últimos anos. Cada um à sua maneira, Guilherme Boulos e Fernando Haddad vêm contrariando, com palavras e ações, a visão elitista daqueles que lideraram a cidade na última década.

Boulos é o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, que denuncia o avanço predatório da especulação imobiliária na capital. Comandou a ocupação Copa do Povo, localizada próximo ao Itaquerão e, após protestos reunindo milhares de participantes, acertou com o governo federal a construção de 3 mil moradias no local pelo Minha Casa, Minha Vida.

Haddad, por sua vez, assumiu a prefeitura após bater José Serra nas eleições de 2012. Em 18 meses de gestão, o petista foi responsável por grandes intervenções na metrópole. Aprovação do Plano Diretor, Operação Braços Abertos, que vem recuperando usuários de crack, construção de corredores de ônibus e ciclovias, entre outras.

Além de seus feitos, importantíssimos na promoção do que o geógrafo marxista David Harvey chama de direito à cidade, Boulos e Haddad também nos ajudam a escancarar quem são os verdadeiros inimigos do povo na cidade que convive com uma desigualdade brutal.

No início de seu mandato, o prefeito propôs mudanças na tabela do IPTU, cobrando mais nos bairros ricos e reduzindo tarifas em regiões mais pobres. A Fiesp, do candidato a governador Paulo Skaf, fez massiva campanha contrária e a proposta acabou rejeitada pelo STF, beneficiando os mesmos de sempre.

Já Boulos é uma pedra no sapato dos poderosos ao não se dobrar àqueles que tentam utilizar o líder popular, crítico à política habitacional do PT, e seus seguidores como agentes de ataques ao governo federal com vistas ao restabelecimento da direita neoliberal no poder. 

Por essas e outras, a dupla, em menos de dois anos, angariou diversos inimigos entre a elite industrial-financeira e na imprensa a serviço desse grupo de poder o que representa, por si só, seus melhores atestados de honestidade e prova de que o trabalho de ambos está sendo bem feito, em prol da parcela da população paulistana que tanto foi (e é) esquecida pelos mandatos do PSDB.

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