Seletividade da mídia esconde crimes do PSDB a três dias da eleição

Panfletos de Richa e assessor tucano preso em foto com Aécio
Por Pedro Muxfeldt

O assessor de um candidato a deputado federal é preso com R$ 100 mil em espécie dentro de um jatinho. Panfletos apócrifos contra os adversários são encontrados no depósito de material de campanha de um candidato a governador. Os dois casos, gravíssimos, aconteceram hoje e não foram manchete em nenhum dos principais portais de notícia do país, muito menos chegarão aos jornais de amanhã. Um doce para quem souber qual partido está relacionado em ambos os fatos.

Não precisa pensar duas vezes. O PSDB, é claro.

O homem preso é Mario Welber, assessor de Bruno Covas, neto do ex-governador de São Paulo Mario Covas. A Polícia Federal deteve Welber em Congonhas, quando ele foi flagrado com R$ 100 mil, alegadamente reservados para a compra de um carro, e 17 cheques em branco assinados por Covas, que seriam usados para pagar dívidas de campanha do tucano.

O segundo ocorrido se deu em Curitiba. Após receberem denúncias na noite de ontem, representantes das candidaturas de Roberto Requião (PMDB) e Gleisi Hoffmann (PT) entraram num galpão que servia de depósito de cavaletes do governador Beto Richa e descobriram milhares de panfletos sem assinatura contra a dupla e também a presidenta Dilma Rousseff.

Os dois acontecimentos são uma mostra clara de como nossa imprensa hegemônica é seletiva na hora de divulgar informações. Se o fato depõe contra os tucanos, silêncio sepulcral e a espera de que o caso seja esquecido. Mas se ele tem potencial para tirar votos dos candidatos do PT, o assunto ganha as manchetes, merece longas reportagens e a impressão de mar de lama que muitos têm sobre as gestões petistas.

O método, que remonta à eleição de Collor em 1989, foi usado ao extremo nesta campanha. Enquanto o aeroporto de Cláudio e o avião do PSB foram varridos para debaixo do tapete, Dilma foi "acusada" de fazer auto-elogios na assembleia da ONU e de usar o fundo soberano para pagar dívidas, entre outras sandices.

Mas como diz o insuspeito Rodrigo Constantino, os escândalos fabricados não fazem nem um "arranhão na candidatura da presidente. É um espanto!". Espanta é alguém continuar se informando pelos canais tradicionais.

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