Por Pedro Muxfeldt
As pesquisas de intenção de voto divulgadas ontem trouxeram grandes notícias para Dilma Rousseff. A presidenta segue abrindo vantagem sobre seus concorrentes e, pela primeira vez, apareceu à frente de Marina em projeção de segundo turno.
Os números, porém, tiveram efeito ainda maior sobre a candidata do PSB. Depois de sua ascensão meteórica ter sido estancada, Marina parece em queda irrecuperável e, não fosse a derrocada de Aécio, estaria até com sua presença na segunda volta ameaçada.
A situação encontra no estado de Pernambuco sua expressão mais evidente. Em comoção pela morte de seu ex-governador, os pernambucanos alçaram sua substituta aos píncaros logo na largada.
Enquanto Campos perdia por 10 pontos para Dilma, Marina entrou na disputa batendo a petista por 41 a 37 e a diferença chegou aos nove pontos percentuais no Datafolha de 5 de setembro.
Depois daí, a ex-senadora desceu a ladeira. Em dez dias, o Ibope já apontava empate técnico - 40 a 36 - e hoje, com mais uma semana de campanha, Dilma ultrapassou-a numericamente em Pernambuco, em situação semelhante à vidade no Rio de Janeiro.
A perda de votos de Marina coincide com os recuos em seu programa de governo e, especialmente, com as propagandas do PT expondo as propostas da candidata de conteúdo neoliberal e deletérias ao desenvolvimento do Brasil, como a independência do Banco Central e o fim da prioridade à exploração do pré-sal
Essa é a lição maior que fica. Para combater seus adversários, a principal arma do governo deve ser o embate de ideias e apresentação das conquistas dos últimos 12 anos. A estratégia quebrou Marina até mesmo em Pernambuco. Pode ganhar ainda mais força no restante do país.
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