Escondida pela mídia, resolução do G20 é vitória brasileira

Dilma no encontro do G20 (Foto: Roberto Stuckert Filho/PR)

Por Pedro Muxfeldt

A prisão de mais um ex-diretor da Petrobras e grandes empresários na Operação Lava-Jato veio bem a calhar para a grande imprensa. Além de reforçar o clima de mar de lama na maior estatal brasileira, as ações da Polícia Federal possibilitaram à mídia hegemônica o silêncio sobre a resolução do G20, reunido de sexta a domingo em Brisbane, Austrália.

O documento de quatro páginas que concluiu a rodada de reuniões entre as 19 maiores economias do planeta e representantes da União Europeia pode ser considerada uma vitória do Brasil e uma derrota para o discurso da oposição que nega a influência da crise mundial no fraco desempenho da economia brasileira.

Em 21 tópicos, os países participantes do encontro deixam claro que o abalo na economia mundial iniciado em 2008 ainda está longe do fim. Porém, o texto aponta para medidas que os países devem tomar para reverter o quadro de baixo crescimento dos últimos anos. E a estratégia citada guarda forte ligação com o enfrentamento da crise feito pelo Brasil.

A abertura do documento diz o seguinte: "Aumentar o crescimento para melhorar o padrão de vida e criar empregos de qualidade para a população mundial é nossa prioridade". Desde 2003, faça chuva, sol, bonança ou crise, é isso que o Brasil tem buscado fazer.

Por outro lado, a Europa, com a receita neoliberal de corte de gastos para escapar da crise, lançou boa parte de sua população, especialmente a juventude, no desemprego e na pobreza.

É por isso que a linha central do texto apresentado em Brisbane diz respeito à necessidade de aportes volumosos de investimento em infraestrutura nos próximos anos para garantir o crescimento econômico das nações.

Aqui, novamente, o Brasil sai na frente. Somente em mobilidade urbana, estão contratados R$ 143 bilhões em obras por todo o país. Sem falar na transposição do Rio São Francisco, com entrega prevista para o fim de 2015.

O texto também fala em segurança alimentar e erradicação da miséria. Mais pontos para o Brasil. Mais silêncio da mídia, que prefere, ao modo da oposição tucana, aproveitar os solavancos da crise internacional para imputar ao governo federal toda a responsabilidade sobre o baixo crescimento recente. Diferente do que pregam os arautos do neoliberalismo em nossas terras, o nó górdio do PIB só será desatado com emprego, renda e obra. É esse caminho que devemos seguir trilhando até 2018.

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