6 motivos para não votar no Aécio (parte 4 - soberania nacional)

Vender a Petrobrás é ataque à soberania nacional

Por Pedro Muxfeldt

Em 6 de maio de 1997, o governo Fernando Henrique anunciava a venda da companhia Vale do Rio Doce para a iniciativa privada. A privatização da mineradora, fundada por Vargas, foi o golpe mais duro desfechado pelo processo de desestatização das gestões tucanas sobre a infraestrutura nacional.

Além da Vale, hoje uma potência mundial, FHC entregou para os estrangeiros áreas estratégicas para o país como as telecomunicações e as distribuidores de energia. Só ficou faltando a Petrobrás, que o PSDB fez de tudo para colocar no mercado, inclusive mudar seu nome para Petrobrax a fim de que a pronúncia fosse facilitada.

Não conseguiram, mas ainda sonham em ver esse dia chegar. Em 2010, o Wikileaks revelou que José Serra, candidato a presidente, prometeu a petroleira Chevron retomar o modelo de concessão do pré-sal. Isso significa que campos com bilhões de barris de petróleo seriam vendidos às grandes multinacionais que, por sua vez, teriam direito a explorar o ouro negro por anos sem dar nada em troca ao Brasil.

Agora para 2014, o assunto volta à pauta. Em artigo traduzido aqui no Trocando Ideia, a Bloomberg mostra a excitação da Shell e outras empresas com a chance de Aécio vencer no domingo e, com isso, facilitar a presença das companhias na exploração de óleo e gás no país.

Mas a sanha privatista de Aécio não para na Petrobrás. Os bancos públicos, que financiam grandes ações sociais do governo, também estão a perigo, conforme o "não sei o que vai sobrar deles" de Armínio Fraga denuncia.

A venda destes últimos bastiões do setor público no país representariam a perda da nossa soberania perante as nações imperialistas. Isto porque o montante que Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa e BNDES investem no desenvolvimento do país não pode ser replicado por dirigentes privados. O Estado, independente de partido político, está baseado em atender à população enquanto o setor privado só pensa na participação sobre os lucros.

Assim, contra a corrente da mídia, é importante que as estruturas estatais sejam cada vez mais fortalecidas para que os serviços públicos de qualidade alcancem mais e mais brasileiros. Caso contrário, viveremos eternamente submissos aos Estados Unidos e Europa de cabeça baixa e pés descalços. Mas isso é papo para amanhã.

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