O novo mundo que construímos (ou o papelão dos amigos de Marina)

BRICS cerram fileiras contra as potências imperialistas


Por Pedro Muxfeldt

É possível compreender a nova configuração das relações entre os países apenas analisando a imagem que segue acima. O painel apresenta os votos dados ontem, na Assembleia Geral do ONU, sobre uma proposta argentina de criação de um marco jurídico para a reestruturação das dívidas dos países (entenda aqui a briga que levou nossos vizinhos ao calote técnico).

Assim com já havia acontecido em outras ocasiões, o plenário ficou dividido. De um lado, América Latina, África e Oriente Médio mais Rússia, Índia e China. Do outro, EUA, Canadá, Japão e os países da União Europeia, muitos destes, aliás, que se abstiveram de votar em atitude ainda mais vil que a dos seus aliados.

Esse é o mundo multipolar que o Brasil, ao lado dos outros BRICS, vem construindo. Um mundo onde, como costumava dizer Hugo Chávez, 'o Sul é o nosso norte', onde nossa prioridade é formar uma aliança sólida e abrangente com nossos irmãos sul-americanos e auxiliar no desenvolvimento da África, de veias ainda mais abertas que as nossas.

E é contra este mundo que Marina se coloca. Em seu programa de governo, como bem mostrou o professor Carlos Eduardo Martins em entrevista ao Trocando Ideia, a candidata afirma que devemos nos voltar para Estados Unidos e UE. Para atacar nosso modelo econômico atual, ela também elogia o México, único país da América Latina que se absteve da votação, ao dizer que o país "aposta em reformas econômicas há muito devidas e na simbiose com a economia norte-americana".

A simbiose saudada por Marina e pelos urubus dos cadernos de economia dos jornais conduziu o México a um cenário de desemprego maior que o nosso, menores investimentos estrangeiros e ameaça de privatização da Pemex, a Petrobrás deles.

Em política externa, assim como em outras áreas, não aceitamos mais retrocesso. O passado de subserviência ficou para trás e não podemos retornar à diplomacia dos joelhos dobrados, mas fazê-la cada vez mais de cabeça erguida.

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