Aécio já sumiu da Tijuca; ainda falta um pouco no resto do Brasil

Aécio não consegue sustentar eleitorado nem no Sudeste


Por Pedro Muxfeldt

No início da campanha, a Tijuca, bairro de classe média do Rio de Janeiro onde esse blogueiro nasceu e foi criado, foi tomado de carros adesivados com propaganda de Aécio Neves, que despontava como maior esperança de vitória sobre o PT em outubro.

Passados dois meses de um processo eleitoral tumultuado e a entrada de Marina Silva na disputa, o mineiro do Leblon sumiu da Tijuca. A perda de prestígio na Zona Norte carioca é um retrato do quanto a candidatura do tucano definhou no último mês em todo o Brasil.

Com intenções de voto baixas no Nordeste desde o começo da corrida, Aécio agora virou um nanico na região que tem dado as maiores vitórias ao PT nas presidenciais. No Ceará, o apoio é de 4%. Em Pernambuco, que tem Marina na dianteira, segundo o Datafolha, míseros 2%.

Já na Região Sudeste, onde o PSDB é muito mais forte e governa os dois maiores colégios eleitorais do país, a situação também vai ficando desesperadora, com índices apontando cada vez mais para baixo.

Em São Paulo, reduto tucano, Aécio alcançou apenas 15% das intenções de acordo com os números do Ibope divulgados ontem. No Rio, o quadro é ainda pior. São apenas 9% depois dos 11% das duas últimas semanas.

A comparação com o desempenho de José Serra em 2010 mostra o tamanho do buraco em que os tucanos se enfiaram. Naquela ocasião, o ex-ministro levou 40,6% dos votos em São Paulo e 22,5% no Rio.

E até mesmo em Minas Gerais, onde se vangloria de ter deixado o governo com mais de 70% de aprovação, a vida de Aécio é dura. O Vox Populi de ontem aponta vitória de Dilma com 33% dos votos contra 25% do senador. Há quatro anos, Serra, sem o apoio do neto de Tancredo, levou 30,6%.

Como o Trocando Ideia já mostrou, o PSDB repete o trajeto do DEM rumo à extinção como força política nacional. Na Tijuca, ele já evaporou. Ainda falta um pouquinho no resto do Brasil.

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